domingo, 22 de maio de 2011

Editor de Conjuntura do Jornal OPovo fala sobre as Frentes Criativas deTrabalho para a Juventude

Legitimidade das frentes criativas de trabalho


Luiz Henrique Campos - Editor adjunto do Núcleo de Conjuntura do O POVO

lhcampos@opovo.com.br


Os índices de violência e o consumo crescente de drogas entre os mais jovens têm exigido de estudiosos do tema e do poder público atenção especial com relação ao tratamento a ser dado a essa problemática.

Uma das maiores dificuldades, porém, para a implantação de políticas que minorem os efeitos desse quadro é a própria rejeição às ações oficiais. Isso pode se ocorrer por vários motivos. Um deles, com certeza, é a legitimidade dos agentes públicos escalados para esse fim.

Não por serem profissionais despreparados. Mas, na maioria das vezes, sofrem por não possuírem a legitimação natural exigida pelo grupo no qual será inserida a ação de governo. Exemplos do tipo existem aos montes, basta conversar com educadores afeitos ao tema. Como se faria então para legitimar essas ações? É claro que as respostas não são tão simples. Não é preciso, no entanto, entender que essa legitimação pode surgir a partir da própria comunidade onde estão ambientados os jovens

É nesse sentido que imagino que o Governo Estadual poderia ver com bons olhos a proposta das frentes criativas de trabalho, sugeridas pelo Movimento Hip Hop Organizado do Brasil (MH2O). Nesse curto espaço é impossível detalhar toda a proposta que consiste basicamente em utilizar atores sociais das comunidades como artistas, produtores culturais, desportistas e empreendedores sociais, para a elaboração de produtos criativos. Produtos estes que poderiam ser ações voltadas ao aspecto artístico, à formação cidadã, à qualificação profissional, etc.

Para isso, o Estado arcaria com a concessão de bolsas visando a execução das iniciativas. Custo sem dúvida pequeno em vista da possibilidade do retorno social. O projeto poderia também ir além do Estado. Um exemplo possível seria incluir os times de futebol na empreitada, carreando para o bem toda a energia desvirtuada de suas torcidas organizadas. Quem sabe poderíamos estar dando um belo passo.


Confira no OPovo: http://www.opovo.com.br/app/opovo/opiniao/2011/05/21/noticiaopiniaojornal,2247374/legitimidade-das-frentes-criativas-de-trabalho.shtml

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