quinta-feira, 24 de setembro de 2009

MH2O apoia luta dos trabalhadores no comércio ambulante de Fortaleza

Editorial

O MH2O esteve ontem na Câmara de vereadores de Fortaleza prestando apoio e solidariedade
aos trabalhadores informais do "Beco da Poeira" e aos demais vendedores e trabalhadores do comércio ambulante do município. Numa audiência pública tensa onde os trabalhadores foram diversas vezes provocados e insultados pelos vereadores que conduziam a audiência, o MH2O defendeu que a Prefeitura de Fortaleza negocie e qualifique melhor o debate, incluindo a discussão sobre o futuro do comércio ambulante no municipio e o desenvolvimento sustentável do Centro da cidade.

A postura da prefeitura tem sido autoritária e pouco democrática e os vereadores da comissão criada para estudar o problema e intermediar a solução demonstram incapacidade de contribuir com uma saida negociada, pois revelam-se intolerantes e tendenciosos à proposta da prefeitura, chegando a fazer acusações graves contra os ambulantes e não permitir o direito de resposta aos mesmos na audiência pública.

Diante dessa situação o MH2O reitera a crença no caráter democrático e popular da atual gestão municipal e se declara solidário aos ambulantes. O Movimento Hip Hop Organizado do Brasil defende uma saida coletiva e consensual envolvendo todas as partes e reprova a postura lamentável dos vereadores na audiência e a intransigência da Prefeitura Municipal de Fortaleza.

Seguiremos solidários e apoiando a luta dos ambulantes por seu direito à sobrevivência e à justiça social.

Abaixo Matéria do Jornal Diário do Nordeste sobre o Assunto:


BECO DA POEIRA
Câmara estuda criar CPI para investigar irregularidades
Dias tensos: Beco precisa ser desocupado até o dia 10 de novembro, mas permissionários não querem sair (Foto: Kiko Silva)

A remoção dos permissionários do Beco da Poeira parece ainda longe de um final. O tema foi debatido ontemA novela envolvendo os permissionários do Beco da Poeira poderá ganhar mais capítulos do que esperava a prefeita Luizianne Lins. É que vereadores estudam criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possíveis irregularidades no processo de transferência dos comerciantes, desde a construção do prédio conhecido como Esqueleto - hoje vazio e onde será construído o Restaurante Popular - até a decisão de transferi-los para o galpão da antiga Têxtil Thomaz Pompeu, na Avenida Imperador, a 100 metros do local onde o Beco funciona atualmente, na Praça José de Alencar.A decisão foi anunciada, na tarde de ontem, durante audiência pública no auditório da Câmara Municipal de Fortaleza (CMF). Os permissionários compareceram em peso ao encontro, encabeçado pela Comissão Provisória do Beco da Poeira, presidida pelo vereador Roberto Mesquita (PV). "Vamos avaliar tudo o que foi dito para decidir que encaminhamentos a Câmara dará. Nosso objetivo é atuar como intermediadores desta questão e uma das possibilidades que consideramos é a criação da CPI", declarou ele. "Falta transparência em alguns pontos e queremos esclarecer".A administração municipal foi representada na reunião pelo procurador-geral do Município, Martônio Mont´Alverne. A titular da Secretaria Executiva Regional do Centro, Luiza Perdigão, não compareceu."O poder público está cumprindo um dos seus papéis, que é o de ordenar o espaço público", declarou Mont´Alverne.A Prefeitura precisa desocupar o prédio até o dia 10 de novembro, prazo final dado pelo Metrofor. O consórcio responsável pela obra aguarda apenas o fim do impasse para dar continuidade às obras da estação.Até lá, os permissionários vivem dias de apreensão. A maioria se recusa a ir para o galpão da Thomaz Pompeu e pretende resistir. Eles alegam que o prédio oferece piores condições que o atual.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente esta matéria e participe ativamente do dia a dia da maior Organização de Hip Hop do Brasil