terça-feira, 16 de setembro de 2008

MH2O do Paraná soma-se á outras organizações locais no combate ao preconceito e na defesa do Hip Hop

Paraná
27/07/08 19:40
Polêmica



Jovens da periferia protestam contra discriminação
Movimento hip hop fez manifestação na frente do Shopping Palladium, no Portão


Adriane Perin, do Jornal do Estado

Jonas Oliveira
Cerca de 500 pessoas participaram da manifestação, ontem: shows e apresentações de hip hop

Uma manifestação contra a discriminação dos jovens da periferia reuniu ontem à tarde 500 pessoas em frente ao Shopping Palladium, no bairro Portão. O protesto foi organizado pela Nação Hip Hop. O shopping é acusado de discriminação por não permitir a entrada de rapazes e meninas do movimento hip hop. Comandados pelo coordenador da Nação, Will do Hip-Hop, que que tem mais de uma década de militância na comunidade hip hop e quase duas décadas como organizador de atividades culturais, vários artistas e representantes de grupos fizeram suas intervenções musicais e falaram para a platéia instalada em um trecho de via interditada para obras da Avenida Kennedy. A Polícia Militar acompanhava tudo nas proximidades. Participaram também do protesto a Nação Zulu, entidade internacional, A Frente Revolucionária das Favelas, a Coordenação de Movimentos Sociais e o MH20 – Movimento Hip Hop Organizado. “Estamos aqui em defesa ao movimento hip- hop. Disseram que nós éramos os baderneiros, alegam que causamos transtorno, então estamos porque queremos o livre acesso a que temos direito e para mostrar que o hip hop é um movimento social organizado e com um trabalho sério”, defendeu Julio Cesar, o Julião, do MH2O. “Quando há uma apresentação internacional, costuma-se dizer que é um show. Quando é uma intervenção do hip hop aí dizem que é baderna”, completou Will.Até o final da tarde, em vários momentos o problema da discriminação foi vinculado com a falta de opções de cultura e lazer para os jovens que moram na periferia. Segundo os líderes que estiveram presentes, esse tipo de discriminação não é um caso isolado em Curitiba. O jovem da periferia, argumentam, não tem um lugar de lazer e é cada vez mais empurrado para o álcool e para as drogas. “Até a geografia de Curitiba é excludente, existe uma zona A e o resto é tudo periferia. E este shopping simbiliza isso”.

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