quarta-feira, 11 de julho de 2007

MH2O reduz violência em Fortaleza

Saiu no Jornal

Ação do MH2O do Ceará na Comunidade Serrinha em Fortaleza consegue diminuir violência


Criminalidade diminui na Serrinha

'A dívida social brasileira é uma ferida na cultura deste país, que tinha tudo para dar certo, mas estagnou´, desabafa Peregrina Capelo. Ela afirma que uma das saídas é investir na arte, ´porque ela também salva, assim como o conhecimento´. O discurso da antropóloga vai encontrar eco nos grupos de jovens da periferia de Fortaleza.

Alguns foram buscar numa arte chamada de ´urgente´ por alguns teóricos alternativa para retirar jovens da criminalidade, além de aliviar a falta de trabalho. Certas formas de expressões artísticas, como o grafite e a dança, servem para que alguns jovens consigam sobreviver e ajudem em casa. A arte contribui ainda para conscientizar aqueles que foram cooptados pelo crime.

Os jovens da Serrinha, por exemplo, conseguiram diminuir a criminalidade e, de sobra, alguns trocados, utilizando expressões artísticas como o grafite, a dança e a música. Neste conxteto, aparece o rap, que integra a cultura hip-hop, manifestação cultural que reflete essa cultura urgente dos jovens marginalizados das metrópoles contemporâneas.

Rogério Chaves, 28 anos, coordenador nacional do Movimento Hip-Hop Organizado do Ceará (MH2O), criado há 10 anos, comunga com a tese de que a arte pode salvar. ´Quando o movimento começou aqui na Serrinha existiam 20 gangues rivais e morriam dois jovens por final de semana´, lembra, acrescentando que aquele era um dos bairros mais perigosos da Cidade. ´Estamos na terceira geração do MH2O e conseguimos sair das gangues. Muitos vieram das gangues´.

O primeiro passo foi organizar a comunidade e mostrar que a luta era diferente. ´O que a gente via era pobre matando pobre´. A criminalidade, pelo menos entre os moradores, diminuiu. A maior preocupação hoje é o crack, droga que já conta com viciados entre as crianças. ´Existem garotos entre 12 e 13 anos que estão viciados´, diz, temendo que a próxima geração seja formada de ´mortos-vivos, zumbis´.

O coordenador do MH2O considera o crack um problema de saúde e não de polícia, explicando que a droga é responsável pelo aumento da criminalidade. Outro cuidado é com o tráfico, afirmando que muitos jovens são recrutados para o mercado das drogas e acabam sendo mortos pela polícia.

A educação representa outro aliado do movimento, citando a Escola Popular da Serrinha, uma parceria do MH2O com o movimento estudantil da Universidade Estadual do Ceará (UECE). O objetivo é preparar os jovens para o concorrido mercado de trabalho .

´Muitos estão desempregados ou no mercado informal, que inclui o tráfico´, revela. É grande também o número de jovens trabalhando em sucatas, enquanto outros se unem em pequenas cooperativas para a fabricação de blusas, shorts e a realização de shows.

Veja Matéria Original no Jornal Diário do Nordeste: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=450779

Um comentário:

  1. beleza galera meu nome e josa eu quiria fazer um pedido por q vcs nao fazem outro torneio em aquiraz estamos precisando muito

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