Saiu no Jornal
Ação do MH2O do Ceará na Comunidade Serrinha em Fortaleza consegue diminuir violência
Criminalidade diminui na Serrinha
'A dívida social brasileira é uma ferida na cultura deste país, que tinha tudo para dar certo, mas estagnou´, desabafa Peregrina Capelo. Ela afirma que uma das saídas é investir na arte, ´porque ela também salva, assim como o conhecimento´. O discurso da antropóloga vai encontrar eco nos grupos de jovens da periferia de Fortaleza.
Alguns foram buscar numa arte chamada de ´urgente´ por alguns teóricos alternativa para retirar jovens da criminalidade, além de aliviar a falta de trabalho. Certas formas de expressões artísticas, como o grafite e a dança, servem para que alguns jovens consigam sobreviver e ajudem em casa. A arte contribui ainda para conscientizar aqueles que foram cooptados pelo crime.
Os jovens da Serrinha, por exemplo, conseguiram diminuir a criminalidade e, de sobra, alguns trocados, utilizando expressões artísticas como o grafite, a dança e a música. Neste conxteto, aparece o rap, que integra a cultura hip-hop, manifestação cultural que reflete essa cultura urgente dos jovens marginalizados das metrópoles contemporâneas.
Rogério Chaves, 28 anos, coordenador nacional do Movimento Hip-Hop Organizado do Ceará (MH2O), criado há 10 anos, comunga com a tese de que a arte pode salvar. ´Quando o movimento começou aqui na Serrinha existiam 20 gangues rivais e morriam dois jovens por final de semana´, lembra, acrescentando que aquele era um dos bairros mais perigosos da Cidade. ´Estamos na terceira geração do MH2O e conseguimos sair das gangues. Muitos vieram das gangues´.
O primeiro passo foi organizar a comunidade e mostrar que a luta era diferente. ´O que a gente via era pobre matando pobre´. A criminalidade, pelo menos entre os moradores, diminuiu. A maior preocupação hoje é o crack, droga que já conta com viciados entre as crianças. ´Existem garotos entre 12 e 13 anos que estão viciados´, diz, temendo que a próxima geração seja formada de ´mortos-vivos, zumbis´.
O coordenador do MH2O considera o crack um problema de saúde e não de polícia, explicando que a droga é responsável pelo aumento da criminalidade. Outro cuidado é com o tráfico, afirmando que muitos jovens são recrutados para o mercado das drogas e acabam sendo mortos pela polícia.
A educação representa outro aliado do movimento, citando a Escola Popular da Serrinha, uma parceria do MH2O com o movimento estudantil da Universidade Estadual do Ceará (UECE). O objetivo é preparar os jovens para o concorrido mercado de trabalho .
´Muitos estão desempregados ou no mercado informal, que inclui o tráfico´, revela. É grande também o número de jovens trabalhando em sucatas, enquanto outros se unem em pequenas cooperativas para a fabricação de blusas, shorts e a realização de shows.
Veja Matéria Original no Jornal Diário do Nordeste: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=450779
beleza galera meu nome e josa eu quiria fazer um pedido por q vcs nao fazem outro torneio em aquiraz estamos precisando muito
ResponderExcluir